A translucência nucal é um exame que ganha destaque durante o primeiro trimestre da gestação, como comenta a Dra. Thaline Neves. Realizado por volta da 12ª semana, ele tem como principal objetivo avaliar o risco de alterações cromossômicas no feto. Assim sendo, esse ultrassom especializado se tornou um dos principais aliados no rastreamento precoce de síndromes genéticas, como a síndrome de Down.
O exame é simples, não invasivo e fornece informações valiosas sobre o desenvolvimento fetal. Dessa maneira, ele é especialmente relevante porque ajuda a identificar sinais que, combinados com outros parâmetros, contribuem para um acompanhamento mais detalhado da gestação. Interessado em saber mais? Acompanhe, a seguir.
O que é a translucência nucal e como o exame é feito?
A translucência nucal é uma medida feita por ultrassom, que avalia a quantidade de líquido na nuca do feto. Segundo a médica proprietária da Clínica View, Thaline Neves, esse acúmulo de líquido é medido em milímetros e deve estar dentro de um valor considerado normal para a idade gestacional. Já quando essa medida está aumentada, pode indicar maior risco para algumas alterações genéticas.
O exame deve ser feito entre a 11ª e a 13ª semana de gestação, período em que essa estrutura pode ser visualizada com maior precisão. Ademais, ele também permite avaliar a formação inicial do osso nasal e realizar outras medições que, em conjunto, compõem o rastreamento de anomalias, conforme pontua Thaline Neves. Por isso, a translucência nucal é parte essencial de um conjunto de exames que ajuda a direcionar a necessidade de investigações complementares.
Para que serve a translucência nucal?
A principal finalidade da translucência nucal é identificar precocemente o risco de síndromes genéticas, sendo a síndrome de Down a mais frequentemente associada ao aumento dessa medida, de acordo com a Dra. Thaline Neves. Contudo, ela também pode sinalizar outras alterações, como malformações cardíacas. Isto posto, os resultados da translucência nucal não são diagnósticos, mas sim parte de um processo de triagem.
Ou seja, um resultado alterado não significa que o bebê possui uma síndrome, mas que existe maior probabilidade e, por isso, é recomendada a realização de exames complementares, como o teste NIPT (exame de DNA fetal no sangue da mãe) ou até mesmo a amniocentese, quando necessário. No final das contas, a grande vantagem da translucência nucal está na possibilidade de orientar decisões médicas e garantir um pré-natal mais direcionado, com foco no cuidado individualizado para cada gestante.
Quais fatores influenciam o resultado da translucência nucal?
Por fim, algumas variáveis interferem diretamente na interpretação dos resultados desse exame. Logo, é importante entender esses pontos para não gerar preocupações desnecessárias. Porém, antes de apresentar os principais fatores que afetam a translucência nucal, vale lembrar que o contexto clínico da gestante e o histórico familiar também são levados em consideração pela equipe médica.
- Idade materna: mulheres acima de 35 anos apresentam risco aumentado para alterações cromossômicas.
- Idade gestacional exata: o exame deve ser realizado entre a 11ª e a 13ª semana; fora desse intervalo, os dados perdem confiabilidade.
- Posição fetal: se o bebê estiver em uma posição desfavorável, a medição pode ser imprecisa, exigindo novo agendamento.
- Presença ou ausência do osso nasal: essa avaliação é feita em conjunto com a translucência e também interfere no cálculo do risco.
- Resultados de exames anteriores: quando disponíveis, ajudam a compor um quadro mais completo.
Todos esses pontos são avaliados em conjunto, e não isoladamente. Inclusive, é fundamental que a gestante receba explicações claras sobre o significado dos achados para que se sinta segura e bem acompanhada, como frisa Thaline Neves.
Acompanhamento especializado é essencial desde o início
Em resumo, a translucência nucal é uma ferramenta de triagem extremamente útil, mas só cumpre seu papel quando bem interpretada dentro de um contexto clínico mais amplo. Desse modo, é determinante que gestantes contem com apoio médico qualificado e façam todos os exames indicados no tempo correto. Assim, é possível garantir um pré-natal seguro e bem direcionado.
Autor: Galina Sokolova