Segundo o empresário Teciomar Abila, a tecnologia nas raquetes de tênis deixou de ser detalhe de catálogo e tornou-se fator decisivo para potência, controle e prevenção de lesões. Logo nos primeiros impactos, o atleta percebe como compósitos, geometrias e eletrônica embarcada moldam a sensação de contato e a trajetória da bola. A evolução atual combina ciência de materiais com análise de dados para entregar consistência em quadra, do treino ao jogo decisivo.
Ao entender o que cada inovação faz e para quem ela faz diferença, o tenista escolhe melhor, treina com propósito e mede progresso com precisão. Leia mais abaixo e entenda:
Tecnologia nas raquetes de tênis: Novos materiais compósitos e engenharia de vibração
A base da revolução recente está nos compósitos de fibra de carbono, grafeno, basalto e aramida, que permitem rigidez direcional e absorção de vibrações em regiões específicas do aro. Essa engenharia fina distribui massa e flexibilidade onde importa: mais estabilidade nos golpes descentrados e resposta elástica calibrada no sweet spot. O resultado é uma janela de tolerância maior, reduzindo torções no punho e melhorando a profundidade média das batidas sem exigir esforço extra do braço.

Além da “fórmula” do compósito, o desenho do perfil e dos grommets influencia a transferência de energia. Trilhos de passagem do encordoamento, ilhoses com liberdade controlada e padrões de 16×19 ou 18×20 reagem de forma distinta à tensão escolhida. Em quadra, isso se traduz em bolas que saem com ângulo e rotação mais previsíveis, especialmente no contra-ataque. De acordo com Teciomar Abila, materiais inteligentes não significam “rigidez a qualquer custo”, e sim rigidez onde se precisa.
Sensores embarcados e análise de dados
Os sensores integrados ao cabo ou ao butt cap dão visibilidade a métricas antes invisíveis: velocidade de cabeça de raquete, zona média de impacto, tempo de contato (dwell time), quantidade de spin, contagem de golpes e carga de treino. Esses dados alimentam aplicativos que geram relatórios por sessão e tendências semanais, permitindo corrigir desequilíbrios entre forehand e backhand e ajustar intensidade para evitar sobrecargas. Ao cruzar métricas com vídeo, o atleta enxerga como pequenas mudanças de empunhadura.
Para técnicos, a telemetria auxilia decisões de encordoamento e tensão, além da escolha do balanceamento (head-light, even, head-heavy) conforme o estilo de jogo. Em ciclos de periodização, mede-se fadiga pela queda de velocidade e consistência do ponto de contato, acionando protocolos de recuperação antes que a dor apareça. Como destaca Teciomar Abila, dados não substituem sensibilidade técnica, mas elevam a qualidade do feedback: o jogador deixa de “achar” e passa a “saber” onde está perdendo pontos.
Encaixe ergonômico, personalização e regulamentos
Empunhadura, overgrip, peso total e posição de lastros (lead tape, silicone no cabo) compõem a personalização fina que faz a raquete “sumir” na mão. O objetivo é estabilizar o plano da face e sincronizar a alavanca do antebraço sem gerar tensão excessiva no cotovelo. O mapeamento do ponto de contato médio e do twist na bola ajuda a decidir se vale aumentar a inércia (swingweight) para ganhar estabilidade ou reduzi-la para acelerar a cabeça de raquete na finalização.
No encordoamento, monofilamentos de copoliéster oferecem durabilidade e controle, enquanto multifilamentos e naturais entregam conforto e potência. Como elucida Teciomar Abila, a tensão ideal equilibra profundidade com margem de erro: baixa demais e a bola “flutua”; alta demais e o braço sofre. Para competições, é crucial respeitar regulamentos de peso, comprimento e ausência de sistemas eletrônicos ativos durante jogos oficiais, quando exigido.
Tecnologia nas raquetes de tênis: Como transformar treino em performance?
Em resumo, a combinação de compósitos avançados, design de vibração e sensores cria um ecossistema em que cada escolha tem um propósito mensurável. O jogador que mede, compara e ajusta evolui com menos tentativa e erro e mais intenção por sessão. Como considera Teciomar Abila, em vez de trocar de raquete buscando “mágica”, consolida um setup coerente e usa dados para lapidar técnica e condicionamento. Isso vale para quem disputa torneios ou busca consistência nas peladas de fim de semana.
Autor : Galina Sokolova

