Segundo Leonardo Manzan, os projetos de infraestrutura energética frequentemente envolvem o uso de áreas privadas ou públicas para a instalação de linhas de transmissão, dutos ou outras instalações essenciais. O direito de passagem e a servidão administrativa são instrumentos fundamentais para a implementação desses projetos, permitindo que empresas de energia utilizem terrenos de terceiros de forma legal e com compensações justas.
Neste artigo, exploraremos os aspectos jurídicos relacionados ao direito de passagem e à servidão administrativa, abordando suas definições, formas de aplicação e implicações legais. Entenda mais, a seguir!
O que é o direito de passagem e como ele se aplica a projetos de energia?
O direito de passagem é uma autorização legal que permite a empresas, como as do setor de energia, a utilização de terrenos privados para a instalação de suas obras, como linhas de transmissão de eletricidade. O direito de passagem permite que, mesmo sem o consentimento do proprietário do terreno, a empresa possa transitar ou instalar seus equipamentos em sua propriedade, respeitando os limites estabelecidos pela lei.
Além disso, conforme destaca Leonardo Manzan, a compensação financeira ao proprietário do terreno é um aspecto essencial do direito de passagem. A empresa responsável pelo projeto deve pagar uma indenização ao proprietário, com o valor variando de acordo com o impacto causado pela obra. Essa compensação tem como objetivo minimizar os prejuízos financeiros do proprietário do imóvel e garantir que o projeto de infraestrutura seja executado de maneira eficiente e justa.
Qual a diferença entre direito de passagem e servidão administrativa?
O direito de passagem e a servidão administrativa possuem diferenças significativas. A servidão administrativa é um tipo de direito real que permite o uso de uma propriedade alheia para a realização de atividades de interesse público, como a construção de linhas de energia, gasodutos ou rodovias. A servidão administrativa é mais abrangente, pois concede à empresa o direito de usar a área de forma permanente ou por um longo período, enquanto o direito de passagem costuma ser uma autorização temporária.

De acordo com Leonardo Manzan, a servidão administrativa envolve uma formalização mais profunda e, em muitos casos, requer a decretação por ato administrativo ou até mesmo por decisão judicial. Além disso, a servidão administrativa pode ser mais restritiva, já que estabelece limites claros sobre o uso da propriedade, especificando o que pode e o que não pode ser feito na área afetada. A compensação ao proprietário pode ser mais alta, considerando o impacto de uma utilização mais prolongada da propriedade.
Quais são os impactos legais e ambientais do direito de passagem e da servidão administrativa?
O uso do direito de passagem e da servidão administrativa em projetos de energia pode gerar impactos legais e ambientais consideráveis, tanto para os proprietários das terras quanto para o meio ambiente. Conforme Leonardo Manzan, um dos principais desafios legais é garantir que o uso dessas áreas respeite os direitos dos proprietários, incluindo o direito de receber uma compensação justa e de ser informado sobre o impacto das obras. A violação desses direitos pode levar a litígios e atrasos nos projetos.
Do ponto de vista ambiental, os projetos de energia que envolvem o direito de passagem ou a servidão administrativa podem ter impactos significativos sobre a biodiversidade e o ecossistema local. É necessário que as empresas realizem estudos de impacto ambiental detalhados antes da execução das obras, a fim de minimizar danos e garantir o cumprimento das normas ambientais. A gestão dos impactos ambientais é fundamental para o sucesso e a aceitação de projetos de infraestrutura energética.
O direito de passagem e a servidão administrativa são fundamentais para o desenvolvimento de projetos de energia. Como destaca Leonardo Manzan, esses instrumentos jurídicos equilibram os interesses do setor privado, da administração pública e dos proprietários de terras, garantindo a execução de obras essenciais com justiça e transparência. No entanto, é essencial que o processo respeite tanto os direitos legais dos proprietários quanto às normas ambientais, de modo a minimizar os impactos negativos e assegurar a viabilidade dos projetos a longo prazo.
Autor: Galina Sokolova