Agentes perceberam ‘comportamento estranho’ do colega e decidiram abordá-lo. O homem assumiu que tinha três aparelhos escondidos na roupa para serem entregues a um preso.
Um policial penal foi preso, nesta quarta-feira (9), por suspeita de vender celulares a detentos do Presídio Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, na Grande BH. Segundo a Polícia Penal, o homem confessou que fazia o “trabalho de formiguinha” na unidade (entenda abaixo).
De acordo com o boletim de ocorrência, agentes penitenciários perceberam um “comportamento estranho” do colega, que estava nervoso e inquieto, e decidiram abordá-lo. Ao ser questionado, o homem assumiu que tinha três aparelhos escondidos na roupa para serem entregues a um preso.
Ele também admitiu que guardava outros materiais proibidos dentro do carro dele, como uma réplica de pistola, e que havia feito o “trabalho de formiguinha” — levar produtos ilegais em pequena quantidade para os presidiários — mais vezes. Conforme o suspeito, cada celular era vendido por R$ 7 mil.
Ao todo, foram apreendidos oito telefones, 13 carregadores, vários fones de ouvido, uma garrafa de whisky e a arma falsa. Segundo a Polícia Civil, as investigações seguem na 2ª Delegacia de Polícia Civil, em Ribeirão das Neves.
Por nota, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou que abriu procedimento administrativo interno para apurar a conduta do agente.
“O agente já era monitorado pela unidade prisional, o que culminou com o flagrante dessa terça-feira (9/7). No carro do suspeito também foram encontrados outros materiais, entre eles, outros cinco celulares, carregadores, fone de ouvido. Os próprios policiais penais da unidade deram voz de prisão para ele e fizeram os devidos encaminhamentos para autoridades policiais. Alan Patrick Almeida Santos é contratado e iniciou suas atividades em 20/9/2023. Destacamos que a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) não compactua com quaisquer desvios de conduta de seus profissionais. Todas as situações são acompanhadas com rigor”, disse a Sejusp.