De acordo com o Dr. Carlos Alberto Arges Junior, a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), sancionada em 2018, trouxe mudanças significativas para como as empresas e instituições lidam com os dados pessoais no Brasil. Embora a lei tenha sido criada para proteger a privacidade e os direitos dos cidadãos, ela impôs uma série de desafios para diversos setores, incluindo o jurídico.
Neste artigo, examinamos os principais desafios enfrentados pelos advogados e escritórios de advocacia para garantir a conformidade com a LGPD e como eles podem se preparar para lidar com essas questões de maneira eficiente.
Quais são os principais desafios para advogados na aplicação da LGPD?
Conforme destaca o advogado Carlos Alberto Arges Junior, o setor jurídico lida com uma quantidade enorme de dados pessoais, desde informações sensíveis de clientes até dados de processos judiciais, tornando-se um dos setores mais impactados pela LGPD. Um dos maiores desafios é a adaptação dos processos internos para garantir que todos os dados sejam tratados conforme as diretrizes da lei.

Além disso, as práticas de compartilhamento de dados entre advogados e colaboradores precisam ser claramente regulamentadas, com a implementação de medidas que assegurem que os dados pessoais não sejam acessados de forma indevida. A falta de controle sobre o acesso a essas informações pode resultar em violações da privacidade dos clientes e comprometer a reputação do escritório.
Como os advogados podem garantir a conformidade com a LGPD?
Primeiramente, é essencial realizar um mapeamento, identificando todos os dados pessoais que são coletados, armazenados e processados. Isso envolve uma revisão dos processos de coleta, e a forma como os dados são armazenados, acessados e compartilhados. Com base nesse mapeamento, pode-se estabelecer um plano de ação para garantir que todos os procedimentos estejam consoante a legislação.
Outra ação importante é a elaboração de políticas de privacidade, que expliquem como os dados dos clientes são tratados, como ressalta o Dr. Carlos Alberto Arges Junior. Essas políticas devem ser fornecidas aos clientes logo no início da relação profissional, para que o consentimento seja claro, e é fundamental que os advogados garantam que haja a implementação de protocolos de segurança adequados.
Quais as consequências de não cumprir a LGPD no setor jurídico?
O advogado Carlos Alberto Arges Junior, as consequências de não cumprir a LGPD podem ser extremamente prejudiciais para qualquer escritório de advocacia. A lei prevê sanções severas, que vão desde multas de até 2% do faturamento da empresa, limitadas a R$ 50 milhões por infração, até a possibilidade de suspensão das atividades de tratamento de dados pessoais.
A violação das normas de proteção de dados pode afetar diretamente a relação de confiança estabelecida com os clientes, o sigilo profissional, que é um princípio fundamental da advocacia, pode ser comprometido se dados sensíveis forem tratados de forma inadequada ou se houver vazamento de informações. A conformidade com a LGPD, portanto, não é apenas uma exigência legal, mas uma forma de garantir a continuidade dos serviços prestados e preservar a credibilidade do escritório.
Portanto, como expõe o Dr. Carlos Alberto Arges Junior, para os profissionais da advocacia, a melhor maneira de lidar com os desafios da LGPD é integrar as exigências legais à rotina do escritório, criando uma cultura de proteção de dados que beneficie tanto os clientes quanto a reputação do próprio escritório. Não deixar para depois, mas agir agora, é a chave para um futuro mais seguro.
Instagram: @argesearges
LinkedIn: Carlos Alberto Arges Junior
Site: argesadvogados.com.br
Autor: Galina Sokolova